áfrica do sul

África do Sul em 13 dias - Parte 2 - Kruger Park - Safari

13:11

Rapidinha da viagem antes de entrar nos detalhes...

Duração: 13 dias (recomendaria no mínino 20 dias para o país)

Período: 19 Novembro à 2 Dezembro

Viajantes: 2 (eu e meu namorado, Gabriel)

Locais que visitamos:
- Joanesburgo,
- Kruger Park (Lower Sabie Camp),
- Cidade do Cabo,
- Plettenberg Bay,
- Storms River Mouth,
- Tsitsikama Park,
- Bungee Jump Face Adrenaline e
- Cabo da Boa Esperança

Quantidade de km percorridos de carro: Mais de 2000km

Trecho de avião interno: Joanesburgo - Cidade do Cabo (e retorno)




PARTE II - Kruger Park

Opções mais econômicas para o Safari dentro do Kruger Park

O Kruger está situado há aproximadamente 500km de distância da cidade de Joanesburgo -- na verdade essa foi a distância até o portão do Camp que eu escolhi ficar, Lower Sabie. Fomos até lá com o carro que alugamos (mais detalhe do aluguel no post de dicas). Acredito que essa seja uma ótima opção pra viajar pra lá porque assim você consegue fazer safari com o próprio carro. Dessa forma ainda dá pra pernoitar nos camps e aproveitar o horário interno, que é mais expandido, para ver animais no momento que o parque não está cheio demais e também quando alguns animais costumam estar mais ativos. 

A estrada para o parque, saindo de Joanesburgo, é muito tranquila. Você passa por 3 pedágios e cada um fica no valor de aproximadamente 80 rands. A estrada é cheia de policiais, eles quase sempre estão com radar móvel. Então, uma dica preciosa é: respeite o limite da velocidade, que é 120km/h. 

A parte do Kruger Park foi uma das mais complicadas de se ajeitar com um orçamento modesto. A grande, quase absoluta parte das informações de acomodação que se encontra, pesquisando rapidamente no Google, sobre o parque são os Lodges de luxo que nem mesmo são dentro do parque e, claro, são bastante caros. Acredito que seja uma opção muito cômoda pois você não precisa muito se preocupar em fechar o passeio por partes (acomodação, safaris, alimentação, taxa de conservação do parque, etc), mas é um conforto que tem que ser colocado na balança.

Uma informação muito importante sobre os parques sul-africanos, os National Parks, é que todos eles podem ser pesquisados por meio do portal San Parks: https://www.sanparks.org/ . O Kruger, o parque onde está o Cabo da Boa Esperança, o parque da Garden Route, etc. Nesse portal você tem acesso aos serviços que os parques oferecem, tais como: passeios, acomodação, pagamento de taxa de conservação dos parques... Nem todos os parques irão oferecer todos esses serviços por conta própria, então, dependendo do que você quiser fazer, tem que procurar as empresas instaladas no parque que oferecem outros serviços (como a Untouched Aventure, no parque da Garden Route, que oferece o passeio de Kayak).

A navegação do portal é a seguinte: você escolhe o parque que quer visitar, por meio do caminho "Explore Parks"; vai até a opção "Where to stay" e encontra acomodação; vai até a opção "what to do" e então você encontrará opções do que fazer ou pacotes para comprar. No caso do Kruger Park, para escolher a acomodação, você precisa, antes, escolher o Camp. No meu caso, eu escolhi o "Main Camp" Lower Sabie Camp, principalmente porque eu percebi que lá é que estavam os animais de grande porte, e tinha um riozinho perto e isso atrai os bichos e olha, não me arrependi. Recomendo demais esse camp que fiquei, mais pra frente irei dar mais detalhes sobre ele. 

Para valores: "Rates and fees" você tem acesso ao catalogo de preços de tudo nos parques. Pra facilitar, vou deixar o caminho para os preços de 2016/2017 aqui, basta clicar sobre essa parte do texto. Essa tabela é legal porque dá pra entender o que os parques oferecem e também ver a diferença de preço das opções. Fique atento apenas para os preços que são mais baratos porque normalmente são áreas de camping (se você não tiver barraca, provavelmente vai ter que dormir no carro).

Ficamos três dias completos no Kruger e pernoitamos 4 noites. Posso dizer que foi o tempo ideal, deu pra ver de tudo. Acho que a única coisa que não vimos foi leão com juba (o macho). Mas nos nossos game drives, vimos até mesmo 6 leoas há poucos metros da gente, todas deitadas na estrada. Pra quem não sabe, game drive é quando você compra um passeio naquelas caminhonetes grandes abertas, com espaço pra sentar e você vai passeando pela estrada, vendo as coisas indicadas pelos guias (ou o que você quiser ver mesmo, hehe)

<3

Essa é a acomodação das pessoas que trabalham lá no parque.

Área interna do Main Camp Lower Sabie. Eu e Gabriel estávamos hospedados em um desses quartos aí, parecendo ocas. Eles chamam de "Hut". Na frente de todos eles tinha espaço para fazer churrasco (braai, que eles chamam) e também tinha alguns utensílios dentro do Camp. Eles tinham ar condicionado, o que fez muita diferença porque tava quente pra caramba, e nós ainda pegamos uma semana com temperaturas ˜amenas˜ (por volta de 35ºC)

Essa é a visão do fundo da caminhonete do safari do Kruger Park. Nunca pegamos um game drive lotado então foi tranquilo. Os carros de Lodges de fora do kruger são menores e cabem menos gente.

A foto ficou horrível mas foi a única que fiz da parte interna do Hut. Esse aí foi o maior que ficamos. Tinha 5 camas nele.



Gabriel sentadinho na caminhonete do game drive






Todas essas leoas das fotos anteriores estavam em um único lugar, eram 6, paradas na estrada e ao redor dela, descansando...

Sobre o Main Camp Lower Sabie: Esse camp é um dos principais e por isso ele tem uma estrutura muito boa. Tem restaurante, tem mini-mercado, tem espaços para acomodação e todas (ou quase todas) as amenidades da vida de um viajante. O restaurante que eles têm lá é o Mug and Beans, só comida fast food, fecha 21h da noite. O mini-mercado fecha 19h. Adianto para vocês que é difícil ficar lá por todo esse tempo comendo só sanduíche, hambúrguer e derivados de fast food. A gente não tava aguentando mais mas só no último dia que pensamos em comprar coisas pra fazer um macarrão e ainda sim, estávamos cansados demais pra fazer qualquer coisa. 

Essa vista ao fundo é de um rio, sempre tem hipopótamos e elefantes nessa área.

Deck do restaurante.


O quarto que ficamos era um HUT... Reservei tudo com um mês de antecedência e ainda sim tive que escolher Huts diferentes, ao todo ficamos em 3 quartos diferente e tivemos que fazer check-in e check-out sempre (o que foi bastante chato). Nesse "L" onde está marcado em vermelho no mapa abaixo é onde estão os Huts mais novinhos... Eles são mais confortáveis do que esses Huts que estão posicionados ao lado direito em forma de cruz. Fiquei no primeiro dia nesses aí do lado e o ar condicionado não funcionava direito, muito quente, nada arejado, muito sem espaço: o contrário dos outros. Esses melhores são os de código EH3 (HUT), na hora de escolher para reservar... Escolha eles, se tiver disponível. E procure reservar com o máximo de antecedência porque é muito concorrido, um mês antes acho que é o mínimo.

Os quartos tem ar condicionado (suuuper necessários), utensílios domésticos, frigobar e uma pia. Banheiro é compartilhado e a cozinha que eles tem também é compartilhada. Se não me engano, os chalés, que são mais caros (por volta de 230 reais a diária), tem banheiro no quarto. O camp tem uma piscina também!

Paguei, pela diária o equivalente a mais ou menos R$130 para duas pessoas. 

Esse é o mapa que eles entregaram quando fizemos o check-in. 

Verso do mapa com as opções de passeios e valores.


Fique atento ao horário que o portão de entrada do parque e o portão do camp fecha. Eu e Gabriel nos entretemos na nossa chegada ao parque... Nós entramos e ficamos super encantados com os animais, pra todo lado tinha bicho diferente. Vimos inclusive dois rinocerontes a poucos metros do nosso carro. Chegamos com meia hora de atraso no portão do Camp, fomos recepcionados por um dos guardas absolutamente nervoso e brigando conosco e pedindo enfaticamente o número do nosso quarto. Foi uma situação muito chata, o cara foi super, super grosso conosco. O rapaz que abriu o portão pra gente depois veio e nos acalmou dizendo: "Está tudo bem, eu sei que vocês tem reserva e que estão chegando agora ao parque". Eu fiquei desatenta com o horário porque pensei que era apenas o do portão de entrada e para o Camp eu não me preocupei mas depois dessa cena, chegava sempre meia hora antes do portão fechar, pra garantir!




DETALHES DOS SAFARIS

Agora vou falar mais especificamente como foram os game drives e os passeios de carro por conta própria!


PASSEIOS PAGOS


Lembrando que esses game drives que fiz foram adquiridos juntamente com a acomodação e estão disponíveis apenas para aqueles que vão pernoitar no parque)

Comprei os seguintes passeios, para fazer com os guias nos carros de safari (os game drives):

23/11 - Sunset Drive (Começa 16H30 e tem duração de 4 horas) - Preço: 280 rands/pessoa
24/11 - Sunrise Drive (começa 4h da manhã e tem duração de 4 h) - Preço: 280 rands/pessoa

E o seguinte passeio de caminhada na selva:

26/11 - Morning Walk (Começa 4h da manhã e tem duração de 4h) - Preço: 500 rands/pessoa (eles dão um lanchinho)

No primeiro passeio, esse sunset drive não vimos nada de demais, apenas os animais que já estávamos habituados: elefante, girafa, zebra, etc). Foi interessante porque a nossa guia foi informando algumas curiosidades sobre os animais e também mostrou alguns animais menores que a gente nunca presta atenção, principalmente pássaros. O momento ápice foi quando já estava de noite e ela desligou o carro no meio da selva pra mostrar pra gente como os animais se sentem na escuridão da noite e, de repente, ouvimos um rugido de um leão. Ficou até parecendo que era combinado. 

No segundo game drive vimos todos os big five e mais alguns (Leopardo, Leão, Bufalo, Rinoceronte Branco, Elefante, Hiena, Girafa e Black Manba, uma cobra super venenosa). Dessa vez foi um outro guia, como a outra guia, super simpático. O momento mais legal desse passeio foi quando o guia, Petrus, viu láaaaa na frente alguma coisa e falou: Opa! Vi alguma coisa, vamos lá checar! -- Chegando lá estavam deitadas 6 leoas na pista. Vimos elas suuuuper de perto, uns 3 metros de distância, elas estavam sem muita atividade e não se incomodaram com a nossa presença (ufa!)

Já no morning walk, que eu e Gabriel estávamos animadíiiiisssimos, porque a gente já tava no Kruger há 3 dias sem poder colocar um pezinho que fosse na areia da selva, ficamos um pouco decepcionados. Saímos 4 horas da manhã e tivemos que voltar por volta de 6, 7h por causa da chuva. Além disso, o fato de alguns animais farejarem a chuva, faz com que eles sumam em busca de abrigo... Então não vimos nada de demais e nada de perto (vimos um rinoceronte longe pra caramba, eu que sou miope nem posso falar que eu vi de verdade), vimos guinus que saíram correndo com medo da gente, vimos zebras e um javali (outro que eu tb não consigo afirmar categoricamente que vi... mais imaginei que vi mesmo). Paramos embaixo de uma árvore de Amarula, fizemos nosso lanchinho e voltamos para o camp porque a chuva começou a engrossar. Não apenas colocamos nossos pés na selva como atolamos eles no barro. De todo modo, a sensação de estar ali, ao ar livre, é indescritível - já vale a pena. 

Importante ressaltar que esses passeios que saem ou retornam em horários alternativos (4h da manhã, 20h, 22h) apenas são possíveis de se fazer estando alojado dentro do parque. Isso por causa daquele motivo que já contei lá atrás: horários super fixos de abertura e fechamento de portões. Ou seja, se você está num lodge do lado de fora do parque ou está com o próprio carro, dentro do camp, tem que esperar os portões abrirem e voltar religiosamente antes deles fecharem. Descumprimento dessas regras podem resultar em multas e até mesmo expulsão do parque. Me deram uma colher de chá porque eu visivelmente era uma turista perdida. 


 Nosso guia que deu sorte: Petrus (simpatissíiissimo!!!). Vimos todos os Big Five em apenas um Game Drive. A lista está na foto debaixo

Animais que vimos com Petrus: Leopardo, Leão, Bufalo, Rinoceronte Branco, Elefante, Hiena, Girafa e Black Manba - uma pequena cobra super venenosa

Eu e Gabs, de boa na lagoa





PASSEIOS COM CARRO ALUGADO



Primeiramente, um detalhe importante pra quem não conhece o parque, é que você pode andar apenas nas estradas delimitadas do parque, não é um lugar que você pode sair wild and free com seu jipe 4x4. A gente adoraria que fosse ˆ.ˆ e a gente adoraria ter dinheiro pra alugar um jipe 4x4... Estávamos com nosso humilde Hyundai i10, pequetito e frágil-todo-cuidado-é-pouco.

Grande parte dos momentos que a gente estava livre, sem atividade agendada, a gente pegava o carro e ia passear pelo parque. O GPS funcionou muito bem em toda a extensão do Kruguer que passeamos. A comunicação se dá um pouco boca a boa; as pessoas vão parando o carro do seu lado e te informando que tem leão ali, leão acá ou alguma cena. E este é o bicho mais procurado realmente e, claro, ficamos na busca também =]

A experiência de fazer o safari por conta própria é muito boa. Se você quiser economizar, acho que dá pra fazer só o self drive mesmo e ir pedindo informações para as pessoas que passam ou param os carros. Com os guias é bom que eles te mostram alguns animais que estão mais escondidos, ou espécies legais que você não daria a mínima (a não ser que você seja um biólogo alucinado com animais, claro). 

Uma coisa que acontecia também é que no quadro-mapa que tem na recepção do camp as pessoas colocam informações de onde elas viram os animais naquela região, então dá pra ter uma base de onde ir procurar. Além disso, aquela lei básica: perguntar e conversar com os outros. Por exemplo: eu tinha visto pouca zebra até o segundo dia de safari e era um animal que eu queria ver mais. Perguntei pro guia e ele me informou a região que es zebras ficavam... Eu fui lá e tcharam: vi tanta zebra que até cansei!


A loteria do safari


O que eu li muito antes de ir para o safari, é que essa pode ser uma experiência super decepcionante. Porque a vida corriqueira da selva não é tão agitada quanto os vídeos que vemos no Youtube. E eu já estava lidando super bem com essa ideia e achando a vida selvagem ok bem do jeito como ela é. Só a experiência de estar ali e ver aqueles bichos já é deslumbrante.

Daí, no último dia completo lá, fomos fazer nosso passeio de tarde. Almoçamos e fomos pro nosso self drive. Ficamos andando umas duas horas ou mais e não vimos nada que a gente já não tivesse visto. Só vimos uma hiena super de perto (que a gente ainda não tinha visto até então). Daí a gente foi dirigindo, dirigindo e na hora que eu já tava prestes a falar pra voltar, um carro que passou do nosso lado parou e disse: Olha, tem duas leoas na sua direita daqui aproximadamente 2 km.

-Bora!

Fomos e realmente tinha duas leoas. Mais pra trás passamos do lado de dois búfalos. Um mais velho e um mais novo, andando na direção das leoas. Eu, particularmente, nem atinei (já estava naquele estado que disse que vocês: selva selvagem nada, selva pacata).

Achamos os leões e ficamos observado. Nesse lugar tinha apenas dois carros: um carro de passeio, com o um cara fotografando e uma caminhonetona, além da gente. Mais tarde chegou uma vã, um cara saiu de fora da vã pra esticar as pernas e tcharam: era um brasileiro. Na hora que ele saiu da vã ele falou em alto e bom som:

- Tá vendo?? Até esses bichos tem medo de gente.

Ao passo que as leoas deram um pulo pra trás.

Depois que ele esticou as pernas, voltou pra dentro da vã e o pessoal ficou observando....

Passou uns 10 minutos e os búfalos começaram a passar do outro lado da estrada, o lado oposto de onde os leões estavam. Quando os leões viram, eles ligaram as anteninhas que eu não liguei e foram atrás dos búfalos, sorrateiramente. Virei carro, desvirei carro, tudo pra ver a direção pra onde a caçada se daria. Entre virar carro, desvirar carro, tirar foto com o celular, filmar com a gopro, ver se o Gabriel estava bem (que nessa hora já tava sentado na janela do carro, PROIBIDO, gente! Gabriel que gosta de quebrar regras), o carro morreu. E esse rapaz que tava atrás de mim com uma super câmera ficou super ansioso, eu também e foi uma loucura. Finalmente consegui ligar o carro de novo e fomos mais pra perto. As leoas pegaram o búfalo menor e o maior tentou ajudar mas acabou sendo vencido e foi embora.

Foi uma cena super rápida e super ação (como nos filmes do Youtube). Ficamos lá um tempo vendo a cena e tirando algumas fotos, do mini búfalo sendo devorado -- eu, particularmente, morrendo de dó e o Gabriel achando a melhor coisa do mundo.

Mais tarde chegou um outro carro, e eu vi que eles conversaram com o pessoal da van.

Daí, quando o grupo que tava na van foi se despedir, eles chegaram do lado do nosso carro e comentaram que o homem que conversou com eles disse que ele vai para o Kruger há 10 anos tentando pegar uma cena assim e nunca conseguiu (e dessa vez, ele tinha perdido por questão de minutos). E esse se tornou o momento "ganhamos na loteria do safari".








Quando estávamos voltando para o acampamento, paramos um carro pra avisar que tinha leões mais pra frente na estrada. O cara tava com a janela fechada, uma cara super de paisagem, sem nenhuma expressão. Quando ele abriu a janela, carinha triste e eu falei "tem dois leões mais a frente, observe sua esquerda - eles acabaram de matar um búfalo". Ele abriu um sorrisãaaaaooo e falou: - Two lions?

Ganhamos nosso dia =]]] Rimos até hoje dele abrindo o sorriso e falando: "TWO LIONS?"





áfrica do sul

Dicas úteis para marinheiros de primeira viagem na África do Sul

08:40

TOMADA

Padrão de tomada sul-africano:
Mas é fácil achar a tomada de dois pinos, igual a que temos aqui. Também é fácil comprar adaptador em lojas de conveniência. Enquanto no aeroporto tava 240 rands (ôloko, meu!), compramos numa loja no centro de Joanesburgo adaptadores com 3 entradas por 30rands/cada. 

DADOS MÓVEIS E LIGAÇÕES

SIM card no aeroporto com 13 min de ligação para qualquer lugar do mundo e 3 GB de internet (válido por um mês): Aproximadamente 90 reais com a companhia Vodacom, pega em TODO lugar.

GORJETA

Todos os restaurantes que você vai, ao entregar a conta, eles entregam também uma caneta para que você possa colocar o valor que deseja pagar de gorjeta / tips. Normalmente eu deixava por volta de 10% do valor.

SOBRE DIRIGIR E ESTRADAS NA ÁFRICA DO SUL

Absolutamente surreal como todas as paisagens eram lindas nesse lugar. Além disso, estradas muito boas. Eu li antes de viajar que tem algumas ciladas, se acontece de pegar caminhos errados, mas os trechos que são mais turísticos, nas rodovias N4 e N2, são maravilhosos.


As estradas africanas, pelo menos essas nacionais, são impecáveis. Qualidade muito boa mesmo. No caso da estrada que vai para o Kruger Park, passamos por 3 pedágios (antes de ir eu procurei muito na internet e não vi o valor cobrado), cada pedágio era por volta de 80 rands. Nunca era mais barato que isso. 

Eles também tem umas tags no carro que quando você passa em alguma rodovia em Joanesburgo e Pretória, você passa por baixo de umas estruturas de ferro e a Tag apita (beep beep) e aí cobra acho que 3 rands que vem junto com a cobrança do aluguel do carro. Quando você passa nas praças de pegágio, a tag também apita mas não é cobrado nada.

De Joanesburgo para o Kruger eu vi muitos policiais, sempre estavam com radar móvel. 

A velocidade máxima permitida nas rodovias é 120km. 

Da Cidade do Cabo para a Garden Route vi poucos policiais e, pelo menos até Plettenberg Bay só tem 1 pedágio, acho que foi 85 rands.

Gastamos 3 tanques de gasolina para fazer aproximadamente 2000km (carro econômico Hyundai i10).

O aluguel de carro lá é muito barato. Por volta de 45 reais a diária. Pagando com cartão de crédito visa ou master card você tem o seguro (tem que procurar na sua operadora do cartão quais são as condições, se tem que fazer algum documento antes, etc...).

A gasolina tava por volta de 13 rands o litro. 

Os motoristas são muito educados! O maior desafio é adaptar com a mão inglesa e tudo o que vem com ela...

Tive uns problemas de cobrança abusiva no aluguel do carro e aqui está uma matéria que saiu no jornal com minha história: http://www.otempo.com.br/interessa/super-motor/cuidados-para-evitar-surpresas-infelizes-na-hora-de-alugar-um-carro-1.1435883
Fique atento e exija a fatura final na devolução do carro.

Permissão internacional para dirigir?


Na hora de pegar o carro na locadora, eles não pediram a permissão internacional para dirigir. Até mostrei pra eles a que eu tinha emitido aqui no Brasil mas eles recusaram e falaram que queria minha carteira do Brasil mesmo. Não sei se os policiais pediriam a minha permissão internacional caso eu fosse parada durante meu trajeto, o que não aconteceu.  


MOEDA E TROCA DE CÂMBIO

Levei dólares e troquei por rands no aeroporto. Não fiz as contas se valeria a pena trocar fora porque eu tava super apertada de tempo. Foi tranquilo trocar no aeroporto, na área de pegar as bagagens (em Joanesburgo) eles têm várias cabines de empresas diferentes pra trocar. Na cidade do Cabo, troquei na área de fora de embarque/desembarque. Troquei 700 dólares na primeira semana e 800 dólares na segunda semana (para duas pessoas), foi o suficiente pra sobreviver muito confortavelmente durante nosso tempo lá. Comemos fora todos os dias, abastecemos o carro, pagamos alguns passeios, etc... Até sobrou dinheiro no fim, sobrou uns 2000 rands e com ele nós compramos algumas lembrancinhas que estavam faltando. 

áfrica do sul

África do Sul em 13 dias - Parte 1 - Joanesburgo

15:19

Rapidinha da viagem antes de entrar nos detalhes...

Duração: 13 dias (recomendaria no mínino 20 dias para o país)

Período: 19 Novembro à 2 Dezembro

Viajantes: 2 (eu e meu namorado, Gabriel)

Locais que visitamos:
- Joanesburgo,
- Kruger Park (Lower Sabie Camp),
- Cidade do Cabo,
- Plettenberg Bay,
- Storms River Mouth,
- Tsitsikama Park,
- Bungee Jump Face Adrenaline e
- Cabo da Boa Esperança

Quantidade de km percorridos de carro: Mais de 2000km

Trecho de avião interno: Joanesburgo - Cidade do Cabo (e retorno)




PARTE I - Joanesburgo

Em meados de Junho, eu e o Gabriel nos deparamos com uma promoção de viagem para a África do Sul. Estávamos esperando muito por uma promoção de passagem para a Tailândia, que não apareceu. Na verdade, apareceram algumas mas nenhuma realmente boa. Quando vimos que saiu essa promoção para a África do Sul, mudamos de ideia e decidimos que iríamos pra lá. Pagamos R$1.800,00 com taxas voando pela Latam, saindo de São Paulo (compramos separadamente o trecho de Belo Horizonte para São Paulo usando milhas). Alguns meses depois, saíram passagens absolutamente surreais para o continente africano, incluindo destinos como Moçambique, África do Sul e Namíbia. Passagens por volta de 500 reais ida e volta saindo inclusive de Belo Horizonte. Meu desejo era já comprar mais uma direto pra Namíbia e emendar as viagens mas meu bom senso econômico não deixou (que bom e que ruim!).

Viajar para a África do Sul sem ter um pacote de viagens não é uma missão muito fácil pra nós brasileiros. Primeiro porque não é (ou não era, antes de aparecem esse tanto de passagens promocionais) um roteiro muito comum, então a quantidade de informações que se tem sobre viagens para lá não é tão grande, nem tão qualitativa se a gente compara com roteiros europeus, por exemplo. Pelo menos no nosso caso, eu achei um pouco mais difícil sair do arroz com feijão e me senti insegura de fazer algum roteiro que fosse mais alternativo ou escolher lugares que fossem mais "roots". Na dúvida, acabei escolhendo opções que me pareciam mais seguras para evitar furadas -- era a primeira vez do Gabriel viajando pra fora e eu, como planejadora da viagem, não quis arriscar demais.

No fim das contas, acabei achando que eu poderia ter arriscado mais, a África do Sul me pareceu um lugar bastante desenvolvido e com muita coisa pra se fazer. Meu arrependimento maior é ter ficado apenas 13 dias, acho que 20 dias seria o ideal. Fizemos muita coisa na correria e acho que algumas coisas valeriam mais a pena conhecer com tempo e calma.

Chegamos na África do Sul no dia 19 de Novembro, em Joanesburgo. Alugamos o carro no aeroporto (já tinha deixado reservado pelo site da Budget, aproximadamente 45 reais a diária -- pagando com cartão de crédito Visa ou MasterCard você já tem o seguro do carro incluso pela operadora do cartão, tem apenas que pesquisar as condições de cada uma dessas operadoras) e saímos de lá para a nossa primeira acomodação. Meu grande desafio nesse momento foi dirigir um carro, a-lu-ga-do, de mão inglesa e, claro, em mão inglesa, pela primeira vez na vida e já ser despejada direto do aeroporto para uma rodovia super movimentada. Não sabia o que era pior: toda vez que dava a seta ligava o pára-brisa, a pista que é mais rápida é a pista contrária da nossa, convergir então, um sufoco,  semáforos de 4 tempos? ninguém conhece e, se não bastasse, umas nuvens montras e uns raios super enormes arrebentavam no céu e eu morrendo de medo de passar por tudo isso mais chuva. Pânico! A chuva não chegou, graças a Deus! rs Mas foi uma experiência e tanto! Recomendo.


Fomos para a nossa primeira acomodação, uma mansão, que pagamos 82 reais pela diária do Airbnb. Ficamos em um quarto a parte da casa, um super quarto, com uma cama maravilhosa, banheiro maravilhoso, tudo impecável. Fomos recebidos pela Ilona, dona da casa. Uma alemã por volta dos seus 30 anos, talvez. Ela mora lá com seus dois filhos e com o marido. Eles nos receberam com um churrasco e foram bastante agradáveis e receptivos. Haviam alguns amigos convidados e todos eles, sem exceção, vieram para conversar conosco e perguntar o que estávamos fazendo ali e também dando dicas para a nossa viagem. Fomos maravilhosamente recebidos. Eu e Gabriel até estávamos achando que seríamos os personagens de uma versão atualizada de Joãozinho e Maria porque atrás do nosso quarto tinha várias lenhas cortadas e tivemos uma recepção impecável. Ficamos apenas dois dias lá e a Ilona, quando nos despedimos, disse que poderíamos ligar pra eles a qualquer momento e de qualquer lugar caso nós estivéssemos passando por algum apuro que eles iriam até onde estivéssemos se fosse preciso(!). Além disso, ela me deu um livro com referências de acomodações na África do Sul e da Namíbia (porque disse que tinha muito interesse de voltar para conhecer a Namíbia), além de um mapa com as estradas da Namíbia.

O bairro que ela mora é o Rosebank, que é um bairro bastante rico de Joanesburgo e também perto dos centros comerciais grandes da cidade. Decidi ficar lá pelo preço da acomodação e pela proximidade do centro de Joanesburgo.

O Jardim da casa e nós: Ilona, filhos e o pequeno cachorro, que quis nos comer na volta de um dos nossos passeios hehehe



Foto feita na frente da casa da Ilona, toda a vizinhança é coberta por árvores e jardins.

Banheiro lindo. Só tinha foto do quarto todo bagunçado, fiquei com vergonha =]]]


Não era um lugar exatamente perto de transportes públicos, a gente andou mais ou menos uma meia hora pra chegar até a Gautrain Rosebank Station (mas gastamos todo esse tempo porque fomos apreciando cada detalhe do lugar e tiramos foto de cada passo; em condições normais de caminhada, gastaríamos uns 15min). Achei que valeria a pena pegar esse trem que tem lá porque eles consideram que é um trem de alta velocidade. Mas a tarifa dele, pra quem não tem o cartão (que era o nosso caso), saiu bem cara. Não diria que recomendo, se o trajeto for curto como o nosso. Não é o que eu esperava de um trem bala mas foi até rapidinho. Depois fui pesquisar e para andar de Uber seria o mesmo preço.

No nosso único dia completo em Joanesburgo, fomos para o centro da cidade e pegamos o Red Bus Sightseeing*, nós tinhamos pouco tempo e achamos que o ônibus vermelho seria a melhor escolha tendo em vista as atrações que ele percorria. Passamos por vários lugares no centro de Joanesburgo e fiquei super afim de descer lá pra poder comprar lembrancinhas porque vi várias coisas que me chamaram atenção. Quando saímos para ir ao topo do maior prédio da cidade, o Carlton Centre (15 rands por pessoa para subir até o último andar), perguntei o guia se nós podíamos ficar ali pra andar um pouco e ele, logo de imediato respondeu, com uma cara assustada: - Não pode não porque é muito perigoso para uma moça como você. Fiquei meio sem entender com cara de "hãm?" mas tá bem, seguimos viagem.


* Esse Red Bus Sightseeing é uma opção de turismo disponível em várias cidades do mundo. Você paga para conhecer a cidade andando em um ônibus. Ele pára em algumas estações no meio do caminho, que coincidem com os pontos turísticos da cidade, e você pode descer e explorar o lugar e pegar os outros ônibus que passam em seguida. O intervalo entre eles é de mais ou menos 15 minutos. Em Joanesburgo, o ticket para cada pessoa foi 180 rands.

Vista do Carlton Centre 





Comércio ambulante em Joanesburgo, que é super típico.


Vista do ônibus passeando pela cidade. 

Nossa próxima parada foi no Museu do Apartheid, acho que pagamos 70 rands pela entrada (cada um de nós, com desconto do ônibus). Fiquei um pouco decepcionada com o museu com relação a conteúdo, com relação à arquitetura ele é bastante bonito e chama a atenção. A maior parte das exposições é permanente e são compostas em sua GRANDE maioria por painéis plotados com MUITA informação, muita mesmo. O museu é um pouco labiríntico e grande. Como o Gabriel não fala inglês, tava na cara que tava bem tedioso, a não ser pelo fato de estar ali naquele lugar mesmo... A não ser que você gaste umas boas horas dentro do museu é muito difícil acompanhar o que está acontecendo ali. Na minha opinião, seria mais cômodo sentar e ler um livro sobre o apartheid. Não são muitos artefatos e artigos expostos, exceto os painéis enormes cheios de textos e mais textos. Vale  pela arquitetura, e pelo valor histórico da temática, mas pelo conteúdo eu fiquei achando que deixou um pouco a desejar. É óbvio a importância daquele espaço dedicado ao tema do Apartheid naquele contexto e ele não poderia deixar de existir, a minha crítica é mais expográfica mesmo.

Muito infelizmente não visitamos o Soweto, que queria muito ter visitado, mas o adicional do sightseeing para visitar essa vizinhança era muito grande e optamos por ter mais tempo para explorar a região central mesmo. Almoçamos no Museu e seguimos no passeio. 

Fachada do museu e o amor <3


Almoço no Museu: hamburger, não tinha muita escolha.

 
Aqui a gente podia deixar nossa marca no museu e colocar essas varinhas encaixadas nesses lugares aí.

Galeria externa do museu

Entrada do museu. No ingresso que você compra, está escrito se você é branco ou "não-branco" e aí você entra no museu de acordo com a indicação do ticket.

Depois que passamos esse tempo no museu, seguimos o passeio no ônibus, vimos várias atrações de longe mas a gente decidiu mesmo foi parar no centro e sair explorando a cidade, mesmo com a recomendação de que não fizéssemos isso. Eu só pensei: Vish, ele não deve saber de onde a gente vem, tenho certeza que a insegurança aqui não é maior que andar pelo centro de uma metrópole no Brasil. Bom, em termos é isso mesmo. Contanto que você tome as precauções que você, brasileiro, já toma normalmente aqui no Brasil mesmo, não será um grande desafio. Muito embora eu gostaria de deixar registrado aqui para as mulheres que viajam sozinha para lá, que realmente não é recomendado que você ande sozinha pelo centro de Joanesburgo. Se eu tivesse sozinha eu não teria coragem de andar por conta própria na região central. Pode ser que não aconteça nada, pode não acontecer mesmo! Mas me senti desconfortável com o jeito como me observavam e conversavam comigo na rua. Alguns olhares eram um pouco com falta de entendimento, do tipo "o que você tá fazendo aqui, sua louca?" e alguns olhares, dos homens, eram bastante ameaçadores. Eu me sentia um pouco como sendo observada. Uma branca, andando numa região majoritariamente negra não deve ser algo comum lá... O Gabriel, por outro lado, tava tranquilão, se sentindo em casa. =]]]

Andamos bastante nas lojinhas e pelas ruas e foi bem melhor do que ver a cidade de cima de um ônibus. 

Depois que já estávamos esgotados e com os pés doendo, voltamos para Rosebank. Como a gente já tinha comprado o cartão Gautrain, pegamos o trem na volta também e aí a passagem ficou bem mais em conta.

Mais cedo nesse dia a Ilona havia nos indicado um restaurante de comida contemporânea pra jantar, chama Coobs. Entrei no site e fiz a reserva mas eles responderam que não abririam naquele dia e indicaram um outro restaurante, o National (Corner of 7th Ave & 4th Ave, Randburg -- parece que são do mesmo dono), e nós topamos.

Nós pedimos uma entrada (uns bolinhos apimentados de legumes), uns pratos de massa e bebemos cerveja Windhoek. O meu era um raviolli com molho gorgonzola e o do Gabriel uma espaguete preto com frutos do mar. Como a grama do vizinho é sempre mais verde, achei esse macarrão preto bem melhor que o meu. Vocês vão me desculpar a pobreza de detalhes nos nomes dos pratos mas eu não lembro como tava no cardápio. Foi uma janta legal mas não achei que valeu suuuper a pena. Pagamos aproximadamente 400 rands para nós dois (se não me engano).

Meu prato principal 
 Entrada
Cerveja local deles e bem boa, heim?

Voltamos para nosso Airbnb e no dia seguinte de manhã saímos para a nossa aventura rumo ao Kruger Park, aproximadamente 500 km dali.

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