Rapidinha da viagem antes de entrar nos detalhes...
Duração: 13 dias (recomendaria no mínino 20 dias para o país)
Período: 19 Novembro à 2 Dezembro
Viajantes: 2 (eu e meu namorado, Gabriel)
Locais que visitamos:
- Joanesburgo,
- Kruger Park (Lower Sabie Camp),
- Cidade do Cabo,
- Plettenberg Bay,
- Storms River Mouth,
- Tsitsikama Park,
- Bungee Jump Face Adrenaline e
- Cabo da Boa Esperança
Quantidade de km percorridos de carro: Mais de 2000km
Trecho de avião interno: Joanesburgo - Cidade do Cabo (e retorno)
GARDEN ROUTE
Fomos de Joanesburgo para a Cidade do Cabo de avião e alugamos um carro no aeroporto. Chegamos exaustos no Airbnb, em Somerset West, quase uma da madrugada. Ficamos mais afastados do centro da Cidade do Cabo para seguirmos viagem no dia seguinte. Nosso maior interesse com esse deslocamento (Joanesburgo-Cidade do Cabo) estava no Face Adrenalin, maior bungee jump sobre ponte do mundo. Pegamos estrada por volta de 10h da manhã rumo a Plettenberg Bay, quase 500km dali. Foram longas horas de viagem por estradas impecáveis e vistas maravilhosas.Bloukrans River Bridge, aonde acontecem os saltos de Bungee Jump. |
Plettenberg Bay
Chegamos algum tempo antes do sol de pôr e fomos procurar um lugar pra ficar. Ficamos em num Bed & Breakfast encantador, Umtu, que achamos depois de perguntar o preço de outro lugar que era bastante fora do nosso orçamento e zero charmoso. Estávamos famintos e a dona do Umtu nos indicou um restaurante na beira da praia que foi providencial. Uma vista maravilhosa, um pôr-do-sol inesquecível, comida farta e por um preço justo.Essa foi a praia e o pôr-do-sol que encontramos do ladinho do restaurante. |
Eu e meu novo amorzinho nesse mundo: Plettenberg Bay <3 |
Só amor, só coisa linda! |
Volto quando? |
Tsitsikamma - Storms River Mouth
Acordamos no dia seguinte com um café da manhã incrível e mais tarde fomos para um passeio de Kayak e Lilo no Parque Tsitsikamma, onde eu já havia reservado um chalé. No caminho para chegar ao nosso passeio estava a ponte do Bungee Jump. Decidimos dar uma passada lá pra ver como era o clima (pois já estávamos conversando sobre esse momento há diversos meses). Eu gelei, o Gabriel disse que tava tranquilo (duvido!), pensei mil vezes em desistir mas acabei indo no fluxo e deixei meu nome e do Gabriel para um horário de pulo do dia seguinte.Seguimos então para o Tsitsikamma. Dois dias antes da nossa chegada lá, o restaurante e banheiros haviam pegado fogo e não sobrou nada. Sobrou apenas a lojinha onde os passeios são fechados, lá fomos nós para o Kayak. Não foi fácil acertar o passo na nossa primeira vez mar adentro, rio adentro comandando nosso rumo com as pás do Kayak, mas bem: conseguimos! E digo mais: foi incrível. Um dos melhores passeios que fizemos, a vista maravilhosa, os guias são super simpáticos e foi bastante divertido andar de Kayak e Lilo. Recomendadíssimo!
Depois do passeio, tivemos que ir buscar janta num vilarejo fora do parque. O vilarejo tem o mesmo nome da região lá que é Storms River Mouth. É um vilarejo realmente pequeno. Tinha no máximo duas ruas e algumas vielas, mas super bem equipado de lugares para fazer refeições (dava até para escolher). Lá comemos um sanduíche em um bar temático do Elvis Presley. O que me chamou atenção no lugar foi o tamanho das árvores - inacreditavelmente altas, altíssimas!
Mais tarde voltamos para o Tsitsikamma e fomos para o nosso Chalé, que era enorme e com uma vista única. Dormimos escutando o barulho das ondas ao fundo. Pagamos aproximadamente 100 reais pela diária e foi a diária mais cara de todo o passeio.
Chalet e vista <3 |
Além do quarto, tinha essa varando com a vista e também uma cozinha com microondas e utensílios. |
Passeando pelo Tsitsikamma. |
Ainda sobre o Tsitsikamma. |
Vai ter foto romântica sim! |
Bungee Jump - Face Adrenalin - Bloukrans River Bridge
Foi nesse dia que descobri a minha verdadeira reação em situações de eminente perigo: ficar calada, sem conseguir conversar. Travar. Parar. Frio. Essa foi eu no momento em que fomos para a ponte. O caminho até lá, devo dizer, é pior do que o pulo em si. Você vê toda aquela altura pelas grades por onde caminha sem ter nada preso ao colete que eles colocam antes de você ir para a concentração. É terrível. Chegando ao ponto so salto, o clima é descontraído e um tem um Dj lá com uma playlist que não consegui nem prestar atenção. Os trabalhadores do lugar são bastante simpáticos e fazem graça de tudo. O clima por si só é bastante favorável e mesmo que inconscientemente me ajudou a saltar. Eu e o Gabriel fomos um dos últimos, era um grupo de umas 30 ou mais pessoas para saltarem entre 13h e 14h. O Gabriel saltou antes de mim e quando ele estava acabando de subir foi a minha vez. Não consegui olhar pra baixo e não queria muito pensar no que estava fazendo. 3, 2, 1... Bungee... E lá vai eu, montanha abaixo... Tirei os óculos poucos instantes antes do salto, o que deixou minha vista um pouco embaçada quando pulei. A sensação que tive foi de estar sendo sugada para um buraco negro. Quase-morte-quase-vida-quase-tristeza-quase-alegria, uma mistura muito grande de sentimentos e ao mesmo tempo um vazio. Quando senti a corda me puxando para trás foi o momento mais feliz (de verdade) e aí fiquei aliviada e curti mais o resto do pulo como pêndulo humano.
Uma moça brasileira que estava lá disse que o pior momento para ela foi ficar pendurada naquela altura depois que o salto acaba até que o rapaz busque a gente lá embaixo. Pra mim, ficar pendurada lá foi a melhor sensação (porque tinha uma corda me segurando e porque eu já tinha feito a pior parte: pular!).
Quando estava sendo puxada para a ponte novamente o rapaz me perguntou se eu gostaria de ir de novo. Tive que pensar um pouco antes de responder e acabei respondendo que sim, apesar de não estar muito certa dessa minha posição. Até uma hora antes de saltar eu estava determinada que não saltaria, tava certo. Chegando lá, o Gabriel disse que ia com certeza e estava super animado e eu pensei: Não vou amarelar aqui, também quero ter essa história pra contar (mesmo tendo todos meus neurônios falando pesado: não vai, não vai, não vai, eu fui e foi uma sensação única). Mesmo pra quem não tem essa pegada de esportes radicais, aventura, etc... É algo que você deve fazer sem pensar muito, se deixar levar pelo fluxo até que... Tcharam! Acontece e você se surpreende consigo mesmo e com sua coragem. Superar a si mesmo já é ótimo e vale a pena.
Como tem um painel lá que diz: "Tá com medo? Vai com ele mesmo..."
Como tem um painel lá que diz: "Tá com medo? Vai com ele mesmo..."
Swellandam - Supresa no meio do caminho!
Logo depois dessa injeção de adrenalina, pé na estrada de novo. Dirigimos até Swellendam, uma cidadezinha ao pé das montanhas e que ficava no meio do caminho. Foi uma parada estratégica para descansarmos antes de seguir o restante da viagem de volta para a Cidade do Cabo, mais especificamente o Cabo da Boa Esperança. A cidade ficava mais ou menos no meio do caminho e não teríamos que fazer um grande desvio, pois ela estava bem colada com a rodovia. Não escolhi a cidade propositalmente mas acho que ela me escolheu, porque foi uma surpresa e tanto. Ficamos em um Airbnb super incrível. A dona da casa era dona de uma galeria de artes e tem a casa apinhada de quadros, esculturas e pequenos detalhes fabulosos. Fiquei super encantada com a casa e cada pedacinho dela.
Conversando mais cedo com ela antes de chegar, pedi para que ela nos ajudasse a encontrar um lugar para jantar. Ela reservou lugares no restaurante Drostdy. PAREM E LEIAM ATENTAMENTE: O MELHOR RESTAURANTE DE TODA A ÁFRICA DO SUL!!!
Eu não estava dando a mínima pra cidade, pro jantar, pra nada... Mas foi o único lugar onde comemos pratos realmente gostosos e típicos da África do Sul. O restaurante é em uma fazenda antiga que foi adaptada para receber essa pérola da culinária sulafricana. O lugar é bem decorado, singelo e aconchegante. Chegamos de noite e jantamos a luz de velas. Comi um Bobotie com outros acompanhamentos. Não consigo explicar tudo o que comi, só sei que estava impecável, divino. O Gabriel pediu uma carne de carneiro, também estava igualmente maravilhoso.
Não tivemos muito tempo para andar mais pela cidade, mas já deu pra perceber que é um lugar especial. No dia seguinte tomamos café com a Lidia, nossa anfitriã, que fez comidinhas super requintadas pro nosso café da manhã. Fomos embora logo depois dessa refeição, rumo ao Cabo da Boa Esperança!